Com o intuito de colaborar com o planejamento de reabertura das escolas para quando houver condições sanitárias seguras, o programa Criança e Natureza - iniciativa do Instituto Alana - lança, com apoio e parceria de outras instituições, entre elas a Undime, um documento com sugestões e referências que possam contribuir com o poder público na construção de protocolos relativos ao tema.
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Ainda que o retorno presencial às escolas seja incerto, as discussões já estão sendo feitas pelas famílias, educadores e órgãos responsáveis. "Sabemos que esse retorno pode ocorrer em diferentes momentos e formatos, levando em conta a situação de cada região e estado, mas há um consenso sobre a necessidade de se fazer um planejamento rigoroso e intersetorial, envolvendo protocolos administrativos, pedagógicos, sanitários e com a participação de toda a comunidade escolar", pondera Paula Mendonça, assessora pedagógica do Programa Criança e Natureza.
Com base em referências históricas e experiências internacionais, o documento aponta as contribuições que a aprendizagem ao ar livre traz para a retomada das aulas presenciais. Esse conjunto de sugestões fundamenta-se no fato de que atividades ao ar livre diminuem as chances de transmissão do vírus e ao mesmo tempo contribuem para a promoção da saúde e aumento da imunidade das crianças e adolescentes.
O programa Criança e Natureza sugere que a aprendizagem ao ar livre, considerando as múltiplas realidades dos ambientes escolares, seja um elemento central no planejamento de protocolos sanitários, administrativos e pedagógicos para a retomada das aulas presenciais e destaca quatro principais pontos do documento:
– Um amplo e consistente conjunto de evidências científicas aponta os benefícios da experiência junto à natureza e ao ar livre no desenvolvimento integral das crianças e adolescentes. As crianças já viviam em relativo confinamento antes da Covid-19 e já sentiam seus efeitos em sua saúde física e mental, de forma que o isolamento social agravou esses sintomas, ocasionando o aumento da obesidade e ansiedade, por exemplo.
– Sugere que os órgãos estaduais e municipais responsáveis por parques e praças integrem as comissões intersetoriais que organizam a construção dos protocolos para a volta às aulas, contribuindo com a disponibilização de áreas públicas, como praças e parques para acolhimento dos estudantes.
– Disponibilização e manutenção de parques municipais, praças e clubes-escolas, assim como seus funcionários, durante os dias úteis da semana, para a criação de salas de aulas temporárias, aumentando assim a capacidade de atendimento de estudantes.
– Que o planeamento para a reabertura às escolas integre medidas sanitárias à qualidade das propostas pedagógicas, cuidado e acolhimento a crianças e adolescentes promovendo a saúde e bem-estar nesse momento tão delicado vivido por nossa sociedade.
Webinar
Com o intuito de colaborar com o planejamento da reabertura das escolas quando houver condições sanitárias seguras, o programa Criança e Natureza, em parceria com outras instituições, realizou no dia 18 de agosto, um webinar para discutir o tema com especialistas de diversas áreas.
Participaram do debate: o pediatra Daniel Becker (Sociedade Brasileira de Pediatria e Pediatria Integral); Natacha Costa, diretora executiva da Associação Cidade Escola Aprendiz e Centro de Referências em Educação Integral; Luiz Miguel Martins Garcia, presidente da Undime e Paula Mendonça, assessoria pedagógica do Programa Criança e Natureza. A mediação foi da Raquel Franzim, coordenadora de educação do Alana .
O vídeo do webinário está disponível. Acesse aqui.
Fonte: Criança a Natureza com adaptações/ Foto: Criança e Natureza, reprodução
Título original: Instituto Alana lança documento com sugestões sobre o planejamento de reabertura das escolas e aprendizagem ao ar livre